quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O teu silencio



Corta-me o teu silêncio,
No meio do meu peito...
Como navalha amolada
Cortando aos poucos...
Cruel e gelada.

O teu silêncio me apaga
A única chama que me resta
A única luz que me arrebata

Um silêncio que me cala...
Que me amarra e sufoca
Na forca dos incompreendidos,
No nó que me enrosca.

O teu silêncio queima-me
Com febre de não te ouvir,
Arde como brasa dentro de mim,
Teu silêncio é como fogo
a me consumir.

E nas chamas deste teu silêncio
Resta-me falar por ti...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Cada gota uma Rosa

Derramarei a última gota vermelha
na estrada da ilusão
deste sangue que goteja
demarcando uma paixão.

Cada gota, um esquecimento
em cada esquecimento ,uma dor...
em cada dor, um pedido de socorro,
em cada gota, o amor.

Brotará neste chão manchado
rosas repletas de espinhos,
que se alimentarão de cada gota do meu
sangue gotejado no caminho.

Gota por gota
respingando em desalinho,
regando as rosas negras
que brotaram no caminho.

Cada gota, um esquecimento,
em cada esquecimento, uma cicatriz
das rosas negras que brotaram dentro
do meu peito criando tua raiz.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Incinerado

Mate este amor...
incinere-o sem lamentos
nas chamas do fogo ardente
até se tornarem cinzas todo este
sentimento.

Lance as cinzas nos quatro cantos do vento,
para serem levadas na leveza dos pensamentos.
Serão cinzas do amor incinerado, nem preces nem
milagres o trará ressuscitado.

Amor renegado, veio do pó e ao pó será retornado.
Não rogue por mim, nem por este amor incinerado,
queime-o no fogo dos seus atos, que
estarei livre, espalhando as cinzas do passado,
livre como os pássaros...
livre como vento...
Não será eternizado.